O caso de Felipe Moraes Oliveira, um artista negro de 29 anos, assassinado a tiros por um segurança de um supermercado em Santo André, na Grande São Paulo, ganhou grande repercussão. Segundo familiares, a motivação do crime teria sido uma discussão sobre a entrada de Felipe no estabelecimento com seu cachorro de estimação.
Felipe era um artista completo: visual, músico, artesão, percussionista e capoeirista. Ele foi baleado quando estava a caminho de casa após comprar pães. Ele morreu antes de receber atendimento médico, mesmo após ter tentado pedir ajuda em uma farmácia próxima.
A busca por justiça e a memória de Felipe
A morte de Felipe gerou grande comoção e mobilização nas redes sociais. Uma página no Instagram foi criada para pedir justiça e a condenação do segurança, que se entregou à polícia e permanece preso. A comunidade também organizou um protesto em homenagem ao artista, afirmando que Felipe é mais uma vítima do genocídio da juventude negra.
A esposa de Felipe, Evelyn Silva, fez uma declaração comovente, publicada em um comentário no Instagram. Ela lamentou a perda do marido e melhor amigo, e fez um apelo para que o crime não seja esquecido. Evelyn destacou que Felipe, um homem pacífico, apenas saiu para comprar pão e foi morto, tendo sua imagem distorcida após o crime. Ela pediu para que o caso não seja visto como mais um crime de racismo em que a vítima é culpada.
O andamento das investigações
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o segurança foi identificado e está preso. A Polícia Civil esclareceu que ele não tem ligação com nenhuma força de segurança e as investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do caso, que foi registrado como homicídio consumado.
Até o momento, o Supermercado Loyola, onde o crime ocorreu, não se manifestou publicamente sobre o ocorrido.
Notícia anterior
Carro bate em moto de entrega de gás na Av. Garibaldi e deixa o trânsito lento